Sunday, 23 February 2014

The Steam Clock - Entrevista

Eu conversei e entrevistei Matt Bachara, o principal integrante dessa espetacular banda steampunk chamada  "The Steam Clock". Eu fiquei impressionado desde a primeira vez que escutei e vi a banda. As músicas são realmente steampunk/gótico/industrial em todos os aspectos, quero dizer, letras, timbres, o jeito de cantar e até por se vestirem à caráter. Dentro de tudo isso, está o ponto de vista cristão, o que torna a banda ainda mais interessante de se divulgar, por isso eu decidi entrevistar o Sr. Bachara para explorar um pouco mais.

1- Como a banda foi criada?
A banda foi criada para ser, incialmente, um projeto de estúdio quando eu estava fazendo o baixo e o vocal na banda In Nothingness Raised Imperishable. Quando alguns membros da IxNxRxI saíram da banda, por varios motivos, o Steam Clock passou a ser meu projeto principal.

2- Quais influências são encontradas na banda?
Existe uma gama de influências, de Bowie a Larry Noman a Savior Machine a Ministry a projetos de Allan Aguirre como Scattered Few, Spyglass Blue ou Men as Trees Walking. Influências também do gótico mais antigo como Voodoo Church ou Sisters of Mercy. Circle of Dust, Deliverance, Klank, Abney Park... Eu poderia prosseguir por dias.

3- Como o conceito Steampunk aparece no Steam Clock?
O Steampunk para mim é parte do meu progresso pessoal como pessoa e artista. Estive próximo da cena gótica e cresci numa família onde um palavreado "neo vitoriano" era comum, sem falar em todo costume de se vestir "a caráter" que nossos pais incutiram em nossa personalidade. Sobre como isso entra no Steam Clock, eu sempre tentei escrever com uma certa influência neo vitoriana, nós usamos instrumentos não muito convencionais, como vionlino e também temdo dois bateristas. Steampunk é sci-fi neo vitoriano e é sobre um passado alternativo onde a energia a vapor e mecanismos de relógio se mantem como principal tecnologia usada. Existem dois caminhos básicos do gênero em questão: um seria o estritamente vitoriano e o outro pós-apocalíptico. Nós tendemos mais a este último. Nossa música é uma mistura de velho e novo com o uso de instrumentos clássicos e uma instrumentação industrial mais moderna, como as duas baterias, baixo distorcido, sintetizadores e etc. Nós abordamos a engenharia de criação das letras com uma tendência minimalista. A música é projetada em partes para formar um todo, com o objetivo de criar um cenário magnífico para as letras que tendem a mostrar influências "mecânicas" como metáfora para algo ainda mais profundo, como seria o caso num mundo onde essa tecnologia fosse comum.

4- Você compartilha sua fé nas músicas?
Claro! Não compartilhar minha fé de nossa perspectiva Cristã seria, no mínimo, grosseiramente disonesto, eu sinto que até dificultaria nossa habilidade de criar a arte que o Altíssimo nos tem dado. Em uma banda de Doom onde eu costumava tocar, os outros membros me pediram que para que as letras fossem "menos espirituais" e as coisas não fluíram bem. É engraçado, mas depois que saí da banda eles continuam a usar as letras e músicas "cristãs demais" que escrevi. Eu escrevo de uma perspectiva de quem realmente vive em uma realidade Steampunk. Minhas letras sempre utilizam uma linguagem antiga e clássica, mais comum na era vitoriana, devido a minha criação onde tais expressões e palavras não eram apenas toleradas e sim encorajadas. Você pode, certamente, imaginar o tanto de insultos eu ouvia quando era adolescente por usar certos termos, geralmente inadequados para a idade.

5- Quem são os membros da banda? Fale-nos sobre eles, por favor.
A atual formação para shows é: Lord Ryan of Oaks na percussão (Ele alterna entre o uso da bateria e instrumentos tribais como o djembê). Sir Caleb Bachara (o mais novo de meus quatro irmãos) no violino, Taylor Moore na bateria quando temos o set elétrico e no banjo de seis cordas no nosso set acústico. Saint Nick Freeman nos teclados para o set elétrico e violão para o set acústico. Eu toco baixo ou guitarra ao vivo e também sou vocal.


6- Quais são as bandas atuais que você pode nos apontar como interessantes e/ou originais?
Existem várias bandas fantásticas por aí agora! A época de agora com Protools, Reason (e etc), tem facilitado a criação, a gravação e distribuição de música sem precisar da monstruosa e gigantesca indústria da música para pagar pra você (ou, eu devo dizer, pra fazer um empréstimo?). Algumas das minhas bandas favoritas no momento são Wovenhand, Whitecollar Sideshow, Men As Trees Walking (Eu ouvi uma canção do novo disco e estará muito bom), the Beckoning, o novo disco do Klank é bem legal,the Lacks, Abney Park, Unextraordinary Gentlemen, Breakthrough, Least of These, Unwoman, Dr. Steel, Imperative Reaction,So Say We All, the Dwelling. Todas essas bandas bem interessantes, eu poderia seguir mas deixaria os leitores entediados. Ainda eu devo dizer que o trabalho acústico do Savior Machine está incrível também!!!

7- O que você pode dizer sobre a Cena Underground nos dias de hoje?
A Cena Underground está, de certa forma, saudável, mesmo que a indústria da música só coloque suas garras naqueles que tem um único propósito de fazer arte pra ganhar dinheiro. Nós fomos deixados com aqueles que querem fazer arte em nome da arte. Existem também grandes redes para os músicos undergrounds como a Objective, a RYFO, que ajudam e equipam a cena underground.

8- Alguma opinião sobre arquivos Mp3 e o download ilegal de música?
Mp3s são bem convenientes e eu conheço vários artistas que estão disponibilizando suas músicas como, por exemplo, todos os artistas na Come and Live e I Believe. Este é o rumo que as coisas estão tomando. Entretanto, as bandas que não estão disponibilizando as músicas, precisam ser pagas. As gravadoras e selos só pagam artistas depois de terem feito lucro com eles primeiro, então, se você não paga pelo disco, o artista pagará, então não roube o artista mais do que a gravadora já faz.

9- A banda tem planos de tocar fora dos Estados Unidos?
Seria demais tocar fora do nosso tão comum chão batido do sul da California, fora dos Estados Unidos. A Extreme Tour que temos trabalhado está considerando a opção de ter um alcance internacional já que tudo correu tão bem no Canadá no ano passado. Talvez poderíamos pegar uma oportunidade dessas se as coisas forem bem, mas por enquanto o que mais queremos é deixar a banda bem ensaiada para os shows e, se Deus quiser, gravar mais músicas.


10 - Como está o mundo e os Estados Unidos no presente momento?
O Estados Unidos estão em um momento crucial de sua História, ainda que parece que este é sempre o ponto. Economicamente I acredito que a situação deve piorar primeiro antes de melhorar e a maioria do que acontece depende de como tratamos Israel. As coisas estão esquentando, o relógio profético está correndo. Tudo que podemos fazer é seguir o Mestre o melhor que pudemos da forma individual e encorajar nossos irmãos e irmãs a se manterem firmes na caminhada, e clamar a Deus por sua abundante misericórdia.





Emerson Olaf

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